Segundo Tomás Málaga, valorização das commodities e queda na circulação de manufaturados fortalece participação de países em desenvolvimento no comércio mundial
O consultor econômico do Itaú Unibanco, Tomás Málaga, afirmou que os países de economia emergente apresentam maior tendência de estabilidade financeira durante a crise internacional. Ásia e América Latina, principalmente, estão retomando o equilíbrio de suas atividades comerciais de forma mais rápida do que o de países desenvolvidos.
Durante reunião do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Fiesp, o especialista destacou que o impacto causado pela crise financeira assumiu proporções mais amplas nos países industrializados. Com isso, Estados Unidos e Europa terão de enfrentar alguns anos de estagnação econômica e a tendência é que essas potências utilizem em menor escala a poupança internacional. Este fato, aponta Málaga, dá mais abertura aos países em desenvolvimento a tais recursos.
“Os Estados Unidos deixarão de usar cerca de 40% da poupança internacional, já que terá que poupar muito mais e, sobretudo, controlar o alto índice de consumo que tem mostrado nos últimos tempos. Se não fizer isso, há grandes riscos de um agravamento da crise mundial”, alerta o economista.
Segundo o conselheiro, o aumento do preço das commodities no mercado e a retomada de financiamento em países em desenvolvimento fez com que seu câmbio atingisse um patamar estável, em comparação aos países já desenvolvidos. “Este fato está alterando as características do comércio mundial, pois os produtos básicos ganham muito mais destaque e, junto com eles, os países emergentes”, ressalta.
Nova Composição
Diferentemente da conjuntura cambial de setembro do ano passado, logo no início da crise – em que o dólar disparou em relação às demais moedas –, o panorama internacional está se alterando, diz Tomás Málaga, uma vez que já é possível verificar o esgotamento dessa forte valorização inicial. “A ascensão das economias em desenvolvimento é uma das responsáveis pelo fato”, disse.
De acordo com o economista, durante um quadro agudo de crise a tendência do mercado internacional é a de supervalorizar produtos básicos, em contrapartida ao déficit na circulação de manufaturados. “A participação das commodities no mercado internacional, por exemplo, teve um aumento de 30% a 40%, o que leva à redução do valor comercial dos manufaturados”, destacou.
“Este comportamento faz com que as commodities alcancem o status de reservas de valor, elevando a importância dos países que as exportam: os emergentes”, aponta Málaga.
Desta forma, a recomposição dos mercados durante a crise cria espaços para o fomento de novas relações comerciais, de acordo com o economista. China, Ásia, Oriente Médio e Brasil passarão a absorver de maneira mútua e mais consistente os produtos uns dos outros, “numa tendência de equilíbrio entre os emergentes, aproveitando a brecha criada pela forte recessão nas potências mundiais”, ressalta.
Taxas de Juros
Para Tomás Málaga, estas características conjunturais trouxeram estabilidade inflacionária ao Brasil, a qual num cenário econômico desestruturado cumpre o papel de sustentar o nível de atividade comercial, protegendo a renda do consumidor.
Em sua opinião, “a tendência da inflação, durante a crise, é se manter baixa. Se somarmos a isso a crescente apreciação do Real – que por si só também controla a inflação – temos que a política do Banco Central deverá continuar priorizando a redução da taxa básica de juros”.
O consultor econômico do Itaú Unibanco, Tomás Málaga, afirmou que os países de economia emergente apresentam maior tendência de estabilidade financeira durante a crise internacional. Ásia e América Latina, principalmente, estão retomando o equilíbrio de suas atividades comerciais de forma mais rápida do que o de países desenvolvidos.
Durante reunião do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Fiesp, o especialista destacou que o impacto causado pela crise financeira assumiu proporções mais amplas nos países industrializados. Com isso, Estados Unidos e Europa terão de enfrentar alguns anos de estagnação econômica e a tendência é que essas potências utilizem em menor escala a poupança internacional. Este fato, aponta Málaga, dá mais abertura aos países em desenvolvimento a tais recursos.
“Os Estados Unidos deixarão de usar cerca de 40% da poupança internacional, já que terá que poupar muito mais e, sobretudo, controlar o alto índice de consumo que tem mostrado nos últimos tempos. Se não fizer isso, há grandes riscos de um agravamento da crise mundial”, alerta o economista.
Segundo o conselheiro, o aumento do preço das commodities no mercado e a retomada de financiamento em países em desenvolvimento fez com que seu câmbio atingisse um patamar estável, em comparação aos países já desenvolvidos. “Este fato está alterando as características do comércio mundial, pois os produtos básicos ganham muito mais destaque e, junto com eles, os países emergentes”, ressalta.
Nova Composição
Diferentemente da conjuntura cambial de setembro do ano passado, logo no início da crise – em que o dólar disparou em relação às demais moedas –, o panorama internacional está se alterando, diz Tomás Málaga, uma vez que já é possível verificar o esgotamento dessa forte valorização inicial. “A ascensão das economias em desenvolvimento é uma das responsáveis pelo fato”, disse.
De acordo com o economista, durante um quadro agudo de crise a tendência do mercado internacional é a de supervalorizar produtos básicos, em contrapartida ao déficit na circulação de manufaturados. “A participação das commodities no mercado internacional, por exemplo, teve um aumento de 30% a 40%, o que leva à redução do valor comercial dos manufaturados”, destacou.
“Este comportamento faz com que as commodities alcancem o status de reservas de valor, elevando a importância dos países que as exportam: os emergentes”, aponta Málaga.
Desta forma, a recomposição dos mercados durante a crise cria espaços para o fomento de novas relações comerciais, de acordo com o economista. China, Ásia, Oriente Médio e Brasil passarão a absorver de maneira mútua e mais consistente os produtos uns dos outros, “numa tendência de equilíbrio entre os emergentes, aproveitando a brecha criada pela forte recessão nas potências mundiais”, ressalta.
Taxas de Juros
Para Tomás Málaga, estas características conjunturais trouxeram estabilidade inflacionária ao Brasil, a qual num cenário econômico desestruturado cumpre o papel de sustentar o nível de atividade comercial, protegendo a renda do consumidor.
Em sua opinião, “a tendência da inflação, durante a crise, é se manter baixa. Se somarmos a isso a crescente apreciação do Real – que por si só também controla a inflação – temos que a política do Banco Central deverá continuar priorizando a redução da taxa básica de juros”.
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