quinta-feira, 21 de maio de 2009

MERCOSUL: ADESÃO DA VENEZULA DIVIDE GOVERNO E OPOSIÇÃO

Governo tenta convencer setor privado e oposição da importância econômica da Venezuela; empresários temem a instabilidade política

Há quase duas semanas após o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ter defendido no Senado, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, a aprovação do Protocolo de Adesão da Venezuela no Mercosul, o assunto divide a opinião de empresários, governo e oposição.
Para o governo, a entrada da Venezuela no Mercosul se justifica por sua relevância comercial. O sub-secretário do Itamaraty para a América do Sul, Enio Cordeiro, ainda tenta convencer o a oposição mostrando os números econômicos do país de Hugo Chávez.
O diplomata argumenta que a Venezuela tem o quinto maior Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina, de US$ 330 bilhões; possui a sexta maior reserva de petróleo do mundo; importa 75% do que consome, além de ser o segundo destino das exportações brasileiras dentro da América do Sul. Para ele, recusar a Venezuela no Mercosul é abrir mão de um grande mercado para outros fornecedores, em especial à China.
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) rebateu publicamente a defesa do diplomata e ressaltando que a intenção de Chávez em entrar no Mercosul já vem enviesada, uma vez que já conversa com outros sócios do Bloco para tentar reduzir a presença brasileira no Parlamento do Mercosul, em 2010

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